A 22 de Novembro de 2006, em "Do referendo..." disse que era, e sou, contra a utilização abusiva da figura do referendo para uma decisão política como a de criminalizar/descriminalizar determinada conduta social.
Apesar de ser contra o referendo, não me escudarei do dever de manifestar em escrutínio a minha opinião, a de ser favorável à descriminalização do aborto.
Sou contra a criminalização, sou contra todo o procedimento penal (notícia, inquérito,julgamento,sentença,prisão) das mulheres que, num constrangimento psicológico, físico, cultural, social e económico, recorrem a uma das mais difíceis decisões que podem tomar na sua vida, a de ter um filho (que para todos os efeitos anda não passa de um projecto de filho).
Disse, em comentário no LAGOSTIM, que "o aborto caberá à mulher, enquanto detentora do útero, a última decisão." E que "Nem lei, nem tribunais, nem médicos, nem familiares deverão impedir a decisão: apenas podem, e devem, ajudar a que os efeitos negativos sejam minimizados."
As marcas permanecerão em quem recorreu, recorre e recorrerá ao aborto.
Já é pena bastante o sofrimento diário com os efeitos daquela decisão.
Não é justo, e é de justiça que se trata, deixar tudo como está (Votar Não). Não é justo para a mulher que abortou ser considerada uma criminosa! O ponto que está em questão não é o aborto em si, mas a penalização ou não deste. Quantas pessoas são contra o aborto e votam pela despenalização por não entenderem que este não deve ser crime. Que não é crime!
Pelo FIM da penalização da Interrupção Voluntária da Gravidez (do aborto, do desmancho, etc), Voto SIM.
A 11 de Fevereiro voto SIM.