A propósito de Zodiac

A semana passada vi Zodiac e agradou-me bastante.

A dedicação que se transforma numa obsessão é sempre algo que incomoda...

Entretanto lembrei-me de que o actor principal, Jake Gyllenhaal,














protagonista de Brokeback Mountain, faz-me lembrar o grande ícone da música portuguesa, o mítico e sempre eterno João Pedro Pais.
Haverá sempre uma pequena dificuldade no jogo descubra as diferenças, pôr andas numa das figuras para ficarem com a mesma altura...

Frases feitas...

Se há expressão que odeio, me entedia, me enoja, é "Tem de ser!". As que lhe estão associadas, também me irritam solenemente!
"- Bom dia! Vais Trabalhar!
- Vou!
- Tem de ser, não é! É a vida! Que remédio!"

Tem de ser - o quê?
É a vida - porquê?
Que remédio - para quê?

E o problema maior destas expressões é que geralmente só servem para meter conversa, ou para se dizer que se falou com fulano.

Raios partam estas frases feitas...
(Raios partam também não é nada aprazível, mas já que se fala nosso...)

PUXA...

...que foram dois meses sem alvitrar nada.
O lufa-lufa diário, o excesso de trabalho, têm-me afastado.
E também a falta de pachorra de quem passa uma semana inteira em frente a um computador, e recolher forças para enfrentar a eterna folha vazia...

Algumas mudanças, alguns dilemas...

Mas o importante é poder voltar...
...espero que não seja até ao próximo feriado.

Este fim-de-semana estive em Amesterdão (por pouco tempo) e, o pouco que pude ver e sentir, de uma forma redutora, é: putas, droga e canais (no caminho do aeroporto até à cidade ainda se vêem explorações agrícolas e moinhos).
Mais a sério, a confluência de diversas gentes em redor de dois pólos de atracção, red-light-district e coffe-shops, constitui uma perspectiva afunilada, cega, alarve e demente para um turista. Mas foi o possível de ver em 4-5 horas.

Viagem a fazer com calma, programada e de férias...

Mas a grande aventura é o avião começar as manobras de descida e... um abanão, e eis que o tonto se agarra ao banco da frente, tal como no autocarro, como se pudesse adiantar grande coisa... sustos!!!

Como se não bastasse, na ida de combóio da estação para a cidade (quando vi os moinhos e os pastos verdejantes contrastando com um dia de um cinzento brilhante), eis que os picas (esses eternos fiscais que nos aborrecem com a picuinhisse do título de transporte válido) se insurgem com o facto de nos termos enganado no combóio: bilhete para Amesterdão, destino Utrech (lado oposto).
Expliquei aos senhores que foi a indicação da senhora da bilheteira, duas senhoras (uma chinesa e outra brasileira) intercederam explicando que houve um atraso no combóio, e os super-picas foram simpáticos e aceitaram na viagem de retorno os mesmos bilhetes!
No interim, ainda deu para ver, de dentro do combóio, a grande Arena de Amesterdão. Só faltava a visita guiada com a camisola do Ajax!

Dada a experiência ferroviária na Europa, ainda que curta, começo a pensar que tenho jeito para me enganar. Eventualmente, encontrei a minha vocação! Apanhar o combóio errado...