sábado, fevereiro 24, 2007

IIª Circular

Quinta-feira, esperava ansiosamente pelo autocarro 50 (ou 750 com a reestruturação da Carris) na paragem junto ao Colombo sentido Benfica - Aeroporto. 10H20 da manhã, já o congestionamento diário havia passado...
Observava a circulação viária, as asneiras correntes dos condutores a ultrapassarem para a direita, a galgarem faixas para saírem na próxima "saída". Uma tragico-comédia que infelizmente se tornou um hábito e endémico ao condutor português (onde eu me incluo).
Mas caricato foi sentir todo o chão a tremer (não era um terramoto) quando passava um smples camião a pelo menos 80 Km's hora.

Em relação à viagem no autocarro, tenho pena de não utilizar mais vezes este transporte: casa - trabalho - casa faço de metro quase porta a porta; andar de autocarro em hora de ponta em Lisboa é o primeiro passo para pensar em cortar os pulsos; fora das horas de ponta até é agradável podermos assistir ao sol lisboeta (pena que o percurso do 50, ou 750 seja por entre exemplos do mau urbanismo lisboeta)

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

já lá vai um tempito

Já lá vão vários dias sem comentar a vida quotidiana, a minha ou a da sociedade.

Em primeiro lugar, SIM SIM SIM!

Contra as minhas expectativas, mas a favor da mnha vontade, o maldonado referendo sobre a despenalização do aborto teve o resultado SIM! Deixa de ser crime!

Mas como era previsível, a abstenção foi superior a metade dos eleitores (lembro que os cadernos eleitorais não estão actualizados, pelo que muitos defuntos devem ainda constar nos mesmos a bem do financiamento das autarquias locais).

No entanto, alguns médicos vêm alegar a objecção de consciência para não garantirem às mulheres a aplicação de uma hipotética lei que venha a ser sufragada na Assembleia da República no sentido da do resulta da auscultação popular.
Imagino se um procurador ou investigador criminal, a favor da despenalização do aborto, tivesse de proceder à investigação e promoção de acusação de uma mulher que o tivesse feito, pudesse igualmente alegar objecção de consciência... Seria interessante, não?!

Eu acho que, especialmente em funções de serviço público, a ética profissional se deve sobrepor à moral pessoal. Mas há quem não pense assim...