segunda-feira, outubro 30, 2006

Do crescimento económico português - visão à luneta

Na escola aprendi que o Produto de um país era calculado segundo a seguinte fórmula:
PIB = C + G + I + X - M
em que:
C - consumo interno (famílias e empresas)
I - investimento produtivo (essencialmente a formação bruta de capital fixo)
G - gastos governamentais
X - exportações
M - importações.
Fácil é de ver que para o PIB aumentar, convém que todas as variáveis aumentem à excepção das importações. De preferência se for o investimento, depois as exportações, o consumo interno e os gastos do Estado.

Ora, o Governo do sôr Sócrates Pinto de Sousa, e a sua política de desenvolvimento macroeconómico diz:
Limita-se o investimento público (o grande motor da economia)
Vamos aumentar as exportações
Vamos congelar os aumentos salariais (aumento dos funcionários públicos, indicativo para o sector privado, de 1% - dizem que é 1,5% mas aumenta o desconto para a ADSE em 0,5% - o equivalente ao acréscimo do prémio do seguro de saúde, e com cada vez menos cobertura) - implica a redução do consumo interno
Os gastos do Estado é para reduzir
Vamos tentar controlar as importações.

Se bem que o sôr Pinto de Sousa defende no seu Orçamento o aumento das exportações, com fábricas a fechar e deslocalizarem-se, com concorrência de economias emergentes (China, Índia, leste europeu...), aumento do Euro face ao dólar (torna os produtos europeus mais caros) não é tarefa fácil (excepto um factor: o turismo cá dentro conta como exportações).

Se as exportações não aumentarem, como cresce a economia portuguesa?
Sem investimento não há festa, não há fábrica, não há autoestrada, não há OTA nem TGV, não há nada...
Como vai tudo para o desemprego, vem o subsídio e zás-trás-pás: aumentam os gastos públicos pelo subsídio? Aumenta o PIB
Ou como o pessoal não tem dinheiro para comprar, além da redução do consumo interno, diminuem-se as importações?

Poste de pescada: Esta treta está toda relacionada e os gajos só vêem défice! Essilor para os meninos?

quarta-feira, outubro 25, 2006

Lá está

Mandaram-me esta piada, e é para partlhar:
"Uma portaria conjunta dos Ministérios do Ambiente e da Agricultura proíbe,
com carácter definitivo, que quem vive junto ao mar tenha galinhas,
para que elas não ponham os ovos nas praias,
e assim se evite que voltem a nascer pintos da costa."
Poste de pescada: Pessoal, está a ver o CSI que os homicídios vão ficar sem explicação. O grande especialista forense não deixa descendência. Também com barbas daquelas a ficarem presas nos cadáveres...

quarta-feira, outubro 18, 2006

O mercado a funcionar...

Quando o governo do cherne proclamou a liberalização dos preços dos combustíveis, toda a gente aplaudiu, antes de as gasolineiras começarem a aumentar os preços. Mais tarde veio a instabilidade do mercado de produtos petrolíferos, com os ajustes destas companhias a serem céleres no que toca a aumentar e morosos quando se trata de reduzir os preços.
O governo do "xor" Sócrates Pinto de Sousa tratou de ultimar a constituição do MIBEL (mercado ibérico de electricidade) e da liberalização do mercado da electricidade em Portugal.
Eis que vemos o mercado a funcionar, com o subsquente aumento disparatado dos preços, a incidir sobre quem, supostamente, tem menor poder reivindicativo e de entrave - a população, que agora se vê a braços com um anunciado aumento de cerca de 15%.
Duas notas finais (como o prof. Marcello):
Primeira nota: Viva a economia de mercado.
Segunda nota: vão roubar para o raio que os parta

segunda-feira, outubro 16, 2006

Fim de semana

fim de semana com alguns amigos, boa vida.
Vim de ver o Transe, da Margarida Villa-verde.
Gostei, apesar de ser longo e com pouco ritmo (propositado). O meu companheiro de filme achou uma seca. É pena aparecer o Tim dos Xutos, que há já algum tempo tem andado a fazer coisas que não deve (carreira a solo, rio grande, xutos como estão etc.).
Aconselho a quem goste de cinema, e principalmente de ficar com nó na garganta e levar um murro no estômago quando assiste a qualquer expressão artística.
Como não sou crítico de cinema, nem o tenciono ser, aqui ficaram os lugares comuns.

quinta-feira, outubro 12, 2006

Scolari

Pôxa que a Polônia me deu água pêla barba, ué! Como disse que um empate seria bom, só perdemos um ponto!
Poste de pescada: que alívio, pensava que a derrota implicava não ganhar (ou perder) três pontos.

Sócrates e as reformas (I - Saúde)

Desde que o senhor engenheiro pôs as gânfias no poder este país tem sido uma aventura dos diabos.
Isto está tudo mal, então vamos lá a reformar.
Primeiro, reforma quer dizer, de acordo com o priberam.pt: acto ou efeito de reformar; mudança para melhor; melhoramento; conserto; reparação; restauração; modificação; reorganização; substituição de objectos fora de uso; modificação de uma ordem existente; nova organização; nova forma; novo feitio; estatuto de um ex-trabalhador, beneficiário do sistema de segurança social da Caixa de Previdência, que recebe uma pensão vitalícia por ter sido dado como incapaz para o serviço, ao atingir o limite de idade ou devido a invalidez; situação de um militar ou funcionário público nas mesmas circunstâncias; aposentação; jubilação.
A palavra, atendendo à plêiade de significados, até pode estar bem empregue, mas acho que quando é mesmo para mudar de paradigma, isto só lá vai com revoluções.
Assim:
Sócrates
- Então vamos lá a reformar a saúde dos portugueses. E de que forma perguntas-me, Silva Pereira!?
Silva Pereira
- De que forma, grande mestre, irás tu proceder à reforma da saúde deste povo?
Sócrates
- Eu tive uma visão, das quais os oráculos mais sapientes nunca se lembraram. Em primeiro lugar, vamos reformar a assistência médica dos funcionários públicos. Depois, actuaremos segundo a mais correcta profilaxia, reformando o sistema de urgências. Em terceiro lugar, a estratégia para a saúde terá de apostar numa clara e eficiente utilização dos recursos financeiros, pelo que iremos reformar as fontes de receitas do sector.
Silva Pereira
- Grande mestre, de te ouvir deleitadamente, não consigo no entanto descortinar o sentido dessas grandes reformas!? Mas apoiarte-ei até ao fim, visto seres tu, e também o Correia de Campos, aquele-que-a-tudo-responde, quase-deuses!
Sócrates
- Ora, Silva Pereira, muito simples. Os funcionários públicos tem a ADSE e os múltiplos subsistemas, e como a saúde é uma regalia, acabemos com isso! Mas, antevendo tumultos nas ruas, apesar de não temer ninguém, vai devagarinho!
Silva Pereira
- Mas a Constituição diz que a saúde é um direito, tendencialmente gratuito! Em que ficamos? Ó Grande Mestre, mas os funcionários públicos não têm também um conjunto de obrigações que os do sector privado não têm? Onde fica a igualdade e equidade na diferença?
Sócrates
- Ó Silva Pereira, a perguntas provocatória não respondo.
Silva Pereira
- Desculpa Grande Mestre! Mil perdões os meus joelhos e coluna vertebral se entortam perante a tua magna sapiência! Por falar em magna sapiência, ó grande eloquente, Mestre de todos nós, então e as urgências.
Sócrates
- Bem das urgências, o Correia de Campos, aquele-que-a-tudo-responde, é que é o especialista. Mas eu, detentor da sapiência suprema te digo uma coisa, é uma medida de gestão inovadora que desenvolverá o país na tendência dos países mais desenvolvidos, integrando Portugal nas vanguardas da administração de saúde mundial!
Silva Pereira
- Bravo, Grande Mestre! Como poderia eu, aquele-que-tem-sempre-dúvidas, algum dia conseguir pensar como tu!? E já agora, e da clara e eficiente utilização dos recursos financeiros no sector da saúde?
Sócrates
- Prestável Silva Pereira, em relação a isso, apesar de o Correia de Campos, aquele-que-a-tudo-responde, ser o eterno mentor, duas palavras: primeira, não aumentamos os impostos para financiar o défice da saúde; segunda, lançamos uma medida que se ajusta ao princípio socialista de que todos devemos contribuir e, assim, lançaremos uma nova taxa moderadora para os internamentos hospitalares. Revelar-se-ão duas medidas encantadores no longo prazo!
Silva Pereira
- Grande Mestre, perfeito. Assim a gestão eficiente dos recursos financeiros na saúde passa por não aumentar os impostos, e por outro lado criar uma justa taxa que terá por principal objectivo, sendo moderadora, a de evitar que hajam internamentos decorrentes da necessidade de cuidados médicos. Assim, um doente que careça de uma intervenção cirúrgica, ou tem dinheiro para pagar as taxas moderadoras, ou mais vale ir apanhar caracóis!
Sócrates
- Silva Pereira, as prelecções a que tens assistido, nomeadamente as proferidas por mim, têm incutido em ti um espírito de abertura à sapiência...

quarta-feira, outubro 11, 2006

Grande certame

O treinador do SCP, Paulo Bento, é fonte de inspiração para um evento de grandiosa responsalidade, o concurso cabelinhoapaulobento (http://cabelinhoapaulobento.blogspot.com).
Poste de Pescada: Espero que o anúcio do grande vencedor mereça um cocktail (pela primeira vês deparei com a raiz etimologica desta palavra: cock + tail) e grande apresentação pela dupla imbatível! Não, não estou a falar do Batman nem do Robin, mas sim do Carlos Malato e da Merche Romero.

dia em cheio

Estar de férias e assistir a profundas mudanças na sociedade portuguesa é deveras gratificante! Se não vejamos:
1 - O sr. presidente da república, promovendo o seu "roteiro para a inclusão", disse hoje que as prostitutas - "mulheres que têm por actividade laboral a satisfação dos impulsos sexuais dos homens sem escrúpulos", "mulheres da vida", "profissionais do sexo" "meretrizes", "cortesãs", "vagabundas", "putas" - podem manter a esperança e que existem associações que as podem ajudar (http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/20061010_Roteiro+para+a+Inclusao.htm). Ora, vivemos numa economia de mercado em que vigora a "lei da oferta e da procura", pelo que o fornecimento do bem (prestação de serviço) terá sempre mercado assegurado, desenrolando-se o trivial processo concorrencial (relação qualidade-preço). No entanto, estamos perante uma profissão que não é tributada, não é reconhecida enquanto profissão, não procedem as profissionais a descontos para a segurança social, tal como os advogados, médicos, consultores, entre outras profissões liberais. Pergunto como será uma entrevista de emprego para uma ex-prostituta:
- Dr. Aurélio: Ora como tem passado a D. Maria?
- D. Maria: Bem obrigado!
- Dr. Aurélio: Vou-lhe fazer umas questões acerca das suas expectativas e experiência profissional. Então onde trabalhava antes?
- D. Maria: ...................
Apesar da degradante profissão, do cariz inumano, julgo que a "mais velha profissão do mundo" deve ser regulamentada, a bem de um controlo sanitário, a bem de uma integração social, a bem de um enquadramento económico, a bem destas mulheres de vida difícil.
Remate: se perguntarmos a uma criança se quando for grande quer ser prostituta, ela dirá que não! se perguntarmos a uma criança se quando for grande quer ser coveiro, ela dirá que não!
São profissões que ninguém quer exercer, apesar de lidarem ambas com corpos e almas mortas. Mas mesmo assim, existem, só que estes últimos são funcionários públicos e as outras não são reconhecidas como profissão.

2 - O mister José Couceiro redimiu-se e os seus pupilos venceram a equipa russa por três secos.
Remate: José Couceiro pensa - ufa, desta safei-me!

3 - O Movimento de Intervenção e Cidadania (MIC) - grémio apartidário assente nos princípios da candidatura do Grão Mestre Poeta Alegre - foi hoje apresentado oficialmente, com direito a website e tudo.
Remate: Vamos contar os dias para os ver de babete a comentar a actualidade política.

4 - Segurança Social - novo acordo em concertação social - pois que hoje os galifões do costume (governantes, patrões e a UGT) assinaram um pacto de regime, para emagrecer as reformas futuras da actual população activa: passar a ser a média da carreira contributiva e não a dos últimos anos parece ser boa ideia; a história do
factor de sustentabilidade (adequação da idade de reforma ao aumento da esperança média de vida), parece ser boa ideia. Ora, é tudo muito bonito, mas... então e a correcção monetária? Os salários auferidos hoje, daqui a trinta anos, com a inflação a 3% e aumentos inferiores a esta, serão insignificantes? Então e se a esperança média de vida descer (guerras, tuberculoses, pandemia da gripe das aves, qualquer factor de sustentabilidade malthusiano...), a idade da reforma também desce?
Remate: Não morremos todos e o Sócrates vai para o Quénia.

E assim vai este pequeno país à beira mar plantado, rumo ao desenvolvimento e à civilização.

PS. por falar em MIC. MIC
-MIC

terça-feira, outubro 10, 2006

dificuldades iniciais

Esta treta é difícil para quem não percebe nada disto. vou ter de indagar melhor como enfiar uns posts de pescada no blogue para poder ser lido, por quem quiser, o primeiro e o segundo (este). chiça

botadeelastico

bom dia, aprender, chatear, dizer mal, o que vier na telha, quando apetecer.
sem prazos.