quarta-feira, fevereiro 14, 2007

já lá vai um tempito

Já lá vão vários dias sem comentar a vida quotidiana, a minha ou a da sociedade.

Em primeiro lugar, SIM SIM SIM!

Contra as minhas expectativas, mas a favor da mnha vontade, o maldonado referendo sobre a despenalização do aborto teve o resultado SIM! Deixa de ser crime!

Mas como era previsível, a abstenção foi superior a metade dos eleitores (lembro que os cadernos eleitorais não estão actualizados, pelo que muitos defuntos devem ainda constar nos mesmos a bem do financiamento das autarquias locais).

No entanto, alguns médicos vêm alegar a objecção de consciência para não garantirem às mulheres a aplicação de uma hipotética lei que venha a ser sufragada na Assembleia da República no sentido da do resulta da auscultação popular.
Imagino se um procurador ou investigador criminal, a favor da despenalização do aborto, tivesse de proceder à investigação e promoção de acusação de uma mulher que o tivesse feito, pudesse igualmente alegar objecção de consciência... Seria interessante, não?!

Eu acho que, especialmente em funções de serviço público, a ética profissional se deve sobrepor à moral pessoal. Mas há quem não pense assim...

3 Comments:

At 2:00 da tarde, Blogger João Dias said...

Pessoalmente acho que o médico dever ter o direito de objecção de consciência, deve também ter o direito de ser penalizado por essa posição moral visto que ela desrespeita a lei que estará para ser redigida. É claro que é uma posição de desresponsabilidade, mas a liberdade tem esse preço, principalmente num serviço de cariz tão humano como é a medicina. Talvez se outros prestadores de serviços se recusassem a atender o médico (objector) com objecções morais este percebesse um bocado o significa ser responsável na própria pele.

 
At 11:35 da manhã, Blogger botadeelastico said...

Na "mouche"! Não poderia estar mais de acordo, que no caso concreto se aplicasse a velha máxima "olho por olho, dente por dente".

 
At 7:59 da tarde, Blogger Rui Maio said...

em relação à vitória no referendo é caso para dizer ATÉ QUE EN(SS)IM!

 

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