Gato por lebre!
Pois é!
O tão aguardado regresso dos humoristas Gato Fedorento, a meu ver, está a ser um fracasso.
Esta ideia de por "uma espécie de magazine" que vai "dizer as verdades" à maneira do Gil Vicente", com os quatro estarolas a comentarem o que fizeram está a ser um pouco deprimente.
É como o Sérgio Godinho a comentar bola...
O último programa (o segundo) teve como melhor humorista, veja-se, o Júlio Isidro.
A entrevista com o sr. da Madeira e a cantarolice do Silence 1 com a Mónica das queijadas tiveram graça, sim tiveram. O sketch do aborto dos Pŕos e Contras teve piada. Mas coisas hilariantes como fizeram... Cadê, ué?
Como diria uma personagem cujo autor tratou de estragar (Herman José), "o artista é um bom artista", mas um espectáculo de variedades apresentado pelos quatro da vida airada...
Já tinhamos o Herman José decadente, e agora os seus discípulos parecem estar a seguir-lhe as pisadas. Espero que não sigam a máxima "o objectivo de um discípulo é ultrapassar o mestre", ou qualquer dia vamos ver a carapinha do Ricardo Araújo Pereira pintada de "bordeaux", o José Diogo Quintela vestido como uma camisa colorida (roxo, amarelo, rosa, verde, amarelo-torrado, laranja, rosa-choque), o Tiago Dores a imitar karatecas a cantar em russo e o Miguel Góis a entrevistar as figuras da elite portuguesa (Música: Marante, Nel Monteiro; política: Manuel Monteiro, Pina Moura, Odete Santos, o bolo-rei do Cavaco....).
posted by botadeelastico @ 4:18 da manhã
4 comments
4 Comments:
Cara bota de elástico, de facto o segundo programa não foi propriamente extraordinário, salvo a adaptação da entrevista do Padrinho da M..adeira. compreendo o que dizes relativamente ao Herman. realmente aquele humor subtil, inteligente, esfumou-se...sabes como são os critérios comerciais. quanto aos Gatos, penso que devemos aproveitar enquanto der(em) e apreciar a forma inteligente de fazer humor. beijo e até uma próxima jantarada! ;)
Ainda não vou deizr de ser um cliente assiduo...
À espera de melhores dias...
pois, eu até toquei as trombetas no "Coexistência" da chegada do novo programa, mas devo confessar que o que tenho visto não tem estado ao nível que os quatro nos habituaram. Será que o formato (os sketches) estão a ficar gastos?
Não se trata de o formato - sketches - estar gasto.
É a abordagem! Os skethes até têm graça, divertem. Por vezes ainda mantêm a inteligência (maria said), mas quando alguém comenta o que fez, a piada perde-se. É como explicar a anedota que ninguém riu.
O exemplo do sketche do Paulo Bento - para quem segue a fenomenologia bolística - corresponde ao tipo de humor caracteristico do Gato Fedorento: gags com non sense, repetição e utilização da palavra até ao limite.
Fiquei um pouco mais descansado com este útlimo episódio. Foi francamente melhorzito.
Por outro lado, não é fácil manter um grande volume de produção humorística, semanal, com qualidade e sobre actualidade.
Esperemos que os possamos aproveitar por muito mais tempo.
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